MANDINHO
O disco de Leandro Maia parte de sua trajetória como músico,
educador e pai. As canções refletem sobre diversos temas como a
família, o nascimento dos bebês, o namoro, a natureza, o
sentimento do mundo, além de narrar metaforicamente a história
do Brasil e celebrar a nossa
formação multicultural. O
Mundo é a palavra chave deste trabalho. Como diria Guimarães
Rosa “quando uma criança nasce, o mundo começa denovo.” Eis o
novo trabalho de Leandro Maia.
financiado por
ProCultura - Secretaria de Cultura Pelotas
Mandinho, título deste projeto, é uma expressão
típica do interior do Rio Grande do Sul em referência carinhosa à
primeira infância, um termo representativo das variantes
linguísticas da metade sul do estado, mais especificamente na
fronteira com o Uruguai. Ao radicar-se em Pelotas, Leandro
frequentemente ouvia: “E o mandinho, cadê?” – uma pergunta carinhosa
dos pelotenses sobre Gonçalo, seu filho pequeno. “Está bem,
obrigado”, respondia e logo ouvia um “Merece”, substituindo o “de
nada”. Com acento regional, Mandinho mergulha na universalidade da
infância, tendo “O Mundo” como ponto de partida e de chegada.
Leandro
Maia já tinha algumas canções infantis em seu repertório, mas ainda
não havia tido a urgência em gravar seu disco infantil até circular
com seu mandinho Gonçalo pelas ruas de Pelotas e interagir com seus
alunos de pedagogia a distância em todo o RS. Andar com o filho
cantarolante na garupa, ou cacunda, do pai foram o mote para a
criação de um trabalho inteiramente voltado ao universo infantil:
canções para crianças, mas também canções sobre crianças. O projeto
do disco foi agraciado com o financiamento do PROCULTURA - programa
de apoio a Cultura da Prefeitura Municipal de Pelotas.
O
disco, desenvolvido durante todo o ano de 2012 contou com mais de 20
músicos, sendo gravado em diversas localidades, incluindo Pelotas,
Porto Alegre, São Paulo e San José da Costa Rica. Com as
participações de grandes nomes como André Mehmari, Thiago Colombo,
Fábio Mentz, Simone Rasslan, Kako Xavier, entre outros, o trabalho
conta com 12 músicas, incluindo uma versão em português de “Valsa do
Coiote”, do Costarriquenho Max Goldenberg, contando com a
participação do autor e dos conterrâneos Dionísio Cabal e Daniel
Solano. A arte é assinada por Rodrigo Nuñez, ilustrador requisitado
e professor do curso de Artes Visuais da UFRGS.